Observatório da Saúde LGBT realiza ações para trazer visibilidade a Política de Equidade
Além de mapeamentos, grupos de pesquisa e Comitês Técnicos, o Observatório criou o Curso de Formação de Multiplicadores para implementação da Política Nacional da Saúde LGBT
Por Gabriela Lobato
Criado em 2014 pelo Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB), em parceria com a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), do Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP), o Observatório da Saúde LGBT tem como intuito a observação e acompanhamento da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT no âmbito do SUS.
Com ampla participação e diálogo com gestores, sociedade civil e academia, o Observatório tem sido atuante nas pesquisas, mapeamentos e na capacitação de agentes públicos e líderes comunitários para se apropriarem do conhecimento a respeito dessa Política de Equidade.
De acordo com o Coordenador do Observatório da Saúde LGBT, Edu Turte-Cavadinha, foi realizado um levantamento inicial através da Internet para mapear movimentos sociais por todo país. A intenção desse mapeamento é trazer uma abertura para a participação desses grupos, resgatando produtos, histórias e publicações realizadas ao longo de sua existência. “Eles foram protagonistas na conquista dos direitos que hoje nós temos na política”, exclama a respeito da importância desse trabalho.
O Coordenador explica que todas as ações realizadas são para trazer visibilidade à Política Nacional de Saúde Integral LGBT, além dos mapeamentos de movimentos sociais, grupos de pesquisa pelo CNPQ e Comitês, o Observatório criou o Curso de Formação de Multiplicadores/ Formadores para implementação da Política Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
Curso de Formação
Caracterizado por modalidade semipresencial, o curso é composto por módulos mediados pelas tecnologias para a informação, educação e comunicação em saúde. São realizados encontros presenciais para apresentação de temas necessários a orientação do processo de formação.
O primeiro encontro presencial do curso ocorreu em setembro de 2016, por meio de edital aberto para todas as regiões do Brasil. Segundo o coordenador do Observatório, foram disponibilizadas cinquenta vagas, porém a procura foi bem maior do que o esperado. Foram realizados encontros presenciais para apresentação de temas necessários a orientação do processo de formação. Na oportunidade, os participantes puderam conhecer o processo teórico e prático de construção de alguns produtos comunicacionais por meio de oficinas de vídeo, fotografia e rádio. “Essa experiência foi muito rica, tivemos uma diversidade de atuações muito grande”, afirma a respeito dos encontros.
Ao final do curso, foi proposto a cada aluno a criação de um projeto de intervenção cujo o propósito é auxiliar na implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT em suas respectivas regiões. Como fruto dessa primeira edição, o curso será ministrado pela primeira vez no estado da Paraíba. O coordenador afirma que a intenção é que essa formação se dissemine para outros Estados.
Confira os registros realizados durante o evento.