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UnB e Governo Federal realizam pesquisa nacional sobre perfis de travestis e transexuais brasileiros

UnB e Governo Federal realizam pesquisa nacional sobre perfis de travestis e transexuais brasileiros

Com o objetivo de conhecer perfis de travestis e transexuais do Brasil, a Unidade de Estudos e Pesquisas em Saúde da Família do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (Nesp/UnB), em parceria com o Laboratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde (LabECoS/UnB) e instituições de ensino e pesquisa do Norte ao Sul do país, realizam “Um estudo multicêntrico sobre os perfis socioeconômicos, geográficos, culturais e de vulnerabilidades de travestis e transexuais”. 

O estudo conta com renomados pesquisadores de todas as regiões brasileiras e cada uma delas tem um nome em homenagem a alguma pessoa transexual com contribuições importantes para os direitos de travestis e transexuais brasileiros(as). 

A estação Norte lembrou o nome de Núbia Lafaieth; a Nordeste homenageou Dandara e Fernanda Benvenutty; a Sudeste destacou os nomes de Madame Satã e Cintura Fina; a Centro-Oeste, prestou homenagens a João Nery; e, por fim, a Sul, homenageou Juju Martinelli.

O estudo realizará um levantamento nacional que subsidiará a elaboração e a promoção de políticas públicas para a superação dos desafios atuais, visando o acesso e o acolhimento dessa população aos equipamentos públicos no país. Além disso, a pesquisa realizará entrevistas individuais e coletivas com travestis e transexuais, com o mesmo objetivo. 

Conforme a coordenação nacional da pesquisa, todas as questões éticas e cuidados com os (as) possíveis participantes sem acesso à Internet ou não incluídos (as) digitalmente serão tomados.

Resultados de pesquisa revelam dados importantes para o cuidado integral à saúde de travestis e transexuais no Brasil 

A Universidade de Brasília (UnB), por meio do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (Nesp) e o Laboratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde (LabECoS/UnB), divulgaram os dados do “Estudo multicêntrico sobre perfis socioeconômicos, geográficos, culturais e de vulnerabilidades de travestis e transexuais brasileiros”. A pesquisa contou com a participação de renomados pesquisadores do país e tinha o objetivo de conhecer os perfis dessa parte da população. 

Por meio de questionário eletrônico e entrevistas individuais e coletivas, os resultados do estudo revelam dados importantes aos gestores, instituições e pesquisadores da área da saúde para o cuidado integral à saúde de travestis e transexuais brasileiros. 

No que se refere à identificação, 55% dos(as) participantes se identificam como transgêneros, 27% como transexuais e 14% como travestis. Já quanto ao gênero que se identificam, 41,8% apontam o masculino; 33,5% o feminino e, 23,3% como não binários. Quando o tema é orientação sexual, 31,8% se declaram bissexuais; 30,9% heterossexuais e, 12,64%, homossexuais. 

A média de idade dos (as) participantes da investigação foi de 27 anos. No tocante à raça/cor, 51,3% se autodeclararam brancos e 48%, pretos e pardos. Sobre a escolaridade, 23,6% possuem o ensino médio completo e 40%, o nível superior incompleto. Destes, 87% afirmam querer dar continuidade aos estudos. Já quanto a emprego e renda, 35,2% estão desempregados e 8,24% em empregos informais. 

De acordo com a coordenação nacional da pesquisa, os dados têm extrema relevância para subsidiar formuladores de políticas públicas. “Além de números, a pesquisa traz uma série de informações qualitativas para apoiar tomadores de decisão e assim contribuir para o cuidado integral à saúde de travestis e transexuais brasileiros. Quando dissemos integral, estamos falando de acesso à educação, emprego e renda, cultura, moradia e, claro, saúde de qualidade”, afirma Cláudio Lorenzo.

Confira outros dados da pesquisa – Dashboard

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